Morreu hoje, em decorrência de uma queda, o artista surrealista H. R. Giger.
Famoso por seu trabalho no cinema, Giger redefiniu a arte fantástica com subversão, terror e sexo. Dentre a sua obra, definida por ele mesmo como “biomecânica” destaca-se a arte de Alien (que lhe rendeu um Oscar), Blade Runner, Duna e Species.
A criação mais famosa de Giger, o Xenomorfo de Alien, pode ser encarada como um resumo da sua obra: misógino, violento, fálico, sendo uma mistura de sexualidade macabra e cyberpunk. Existem diversos aspectos do monstro que merecem ser analisados, desde a sua concepção, que pode ser interpretada como uma versão ultraviolenta do sexo oral, passando pela deturpação do nascimento, com a morte da “mãe”, até a segunda boca, projetada a partir da primeira, visivelmente fálica e que penetra através de carne, músculo e ossos.
A subversão de sua arte foi sempre polêmica, sendo inclusive processado por obscenidade devido à capa do álbum Frankenchrist, da banda Dead Kennedys. No mundo dos games, além do uso de sua grande criação (Alien) em diversos games, Giger participou da equipe criativa do jogo Dark Seed de 1992, um jogo de horror psicológico no estilo “point & click”. Foi um dos primeiros jogos a usar alta resolução (640×480), uma exigência do próprio Giger.
O destaque da arte de Giger não se resume ao estilo, mas também à técnica. Famosa pelo uso do aerógrafo (em detrimento do pincel), a arte de Giger mistura a precisão de seu traço com o etéreo de um pesadelo. A mistura dessa técnica com a inspiração surreal contribuiu para o estilo ultra-realist empregado pelo artista.
O trabalho de Giger pode ser apreciado em seu museu em Gruyeres, Suíça. Seu flerte com a insanidade e o medo primal que existe nos cantos escuros das nossas mentes deixará um vazio.
Mas então, quais filmes você assistiria para relembrar a obra desse grande artista? Deixe suas sugestões nos comentários!
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